Quando você entende quem você é, não existe mais limitação. Somos nós que nos limitamos.
Durante grande parte da vida, caminhamos como quem tateia no escuro, tentando encontrar algum sentido nas experiências, nos papéis que assumimos e nas expectativas que o mundo deposita sobre nós.
Hellooo Alma Bonita, hoje vamos falar sobre como as vezes somos nossos próprios inimigos.
Somos educados desde cedo a nos encaixar. A seguir modelos. A atingir metas que, muitas vezes, nem sequer partem de nossos desejos mais profundos. E nesse processo, vamos nos moldando para sermos aceitos, amados, reconhecidos.
Mas algo dentro de nós — por mais abafado que esteja — sempre sabe que existe algo mais. Uma verdade mais essencial. Uma versão nossa que é anterior a tudo: aos rótulos, aos traumas, às comparações, às vozes externas. Essa versão é o nosso “eu real”. E entender quem você realmente é — mais do que qualquer outra descoberta — é o que começa a dissolver, uma a uma, as falsas limitações que você aprendeu a acreditar.
Limitação é construção. Desconstrução também pode ser liberdade.
Quando acreditamos que não somos bons o suficiente, que não podemos ir além, que já é tarde demais, que não temos o que é preciso… estamos, na verdade, reproduzindo narrativas que alguém nos ensinou. Ninguém nasce se sentindo pequeno. Ninguém nasce acreditando que é limitado. Isso é aprendido. E tudo o que é aprendido, pode ser desaprendido.
O autoconhecimento é esse processo: de retornar para si. De reconhecer o que é verdade e o que é condicionamento. E, principalmente, de se perguntar com honestidade: Quem eu sou de verdade? Não o que esperam de mim, não o que eu tento provar, não o papel que exerço. Mas quem eu sou quando estou comigo, em silêncio?
A resposta para essa pergunta não vem pronta. Ela não é conceitual. É sentida. É descoberta aos poucos, na medida em que nos permitimos mergulhar na jornada de volta para dentro. E quanto mais nos aproximamos de nós mesmos, mais percebemos que as barreiras que antes pareciam intransponíveis não eram reais — eram projeções do medo, do julgamento, do passado.
Somos nós que nos limitamos. Mas também somos nós que podemos nos libertar.
Essa é a beleza do autoconhecimento. Ele nos devolve o poder. Ao contrário do que a sociedade muitas vezes ensina — que o sucesso, a liberdade ou a felicidade estão fora, em algo a ser conquistado — a verdade é que tudo começa dentro. Não há força maior do que alguém que se conhece. Que entende o seu valor. Que reconhece sua potência.
Porque quando você entende quem você é, você não aceita menos. Você não se diminui para caber. Você não permite que a opinião alheia seja maior do que sua verdade. Você entende que merece. Que pode. Que tem o direito de viver uma vida com significado. E que não precisa mais pedir permissão para ser quem é.
Mas para chegar nesse lugar de compreensão e liberdade, é preciso coragem. Coragem para desaprender. Coragem para confrontar as histórias que você contou para si mesma durante anos. Coragem para olhar para as dores que você preferiu ignorar. Coragem para se desfazer das máscaras que funcionaram por tanto tempo, mas que hoje já pesam demais.
Esse processo não é linear. Às vezes você vai se sentir forte e iluminada, outras vezes vai parecer que está voltando para o início. Tudo bem. Faz parte. O importante é continuar. Porque, pouco a pouco, você vai perceber que não precisa mais se provar para ninguém. Que basta simplesmente ser.
A ausência de limitação não significa ausência de desafio. Significa presença de consciência.
Os desafios continuam existindo. Mas agora você não os vê mais como inimigos, e sim como mestres. Como oportunidades de aprofundar seu próprio caminho. A diferença é que, quando você entende quem é, você não se define mais pelas circunstâncias. Você sabe que é maior do que qualquer obstáculo. E isso muda tudo.
Você começa a fazer escolhas com mais consciência. Começa a dizer mais “não” para o que não ressoa. E começa a se abrir para experiências que antes pareciam distantes demais para serem possíveis. Você percebe que os limites reais nunca estiveram no mundo, mas sim dentro de você — e que agora, você pode atravessá-los.
A vida se torna mais leve, não porque fica mais fácil, mas porque você para de lutar contra sua própria natureza. Você começa a se mover a partir da sua verdade. E isso traz uma paz que não pode ser explicada, só vivida.
E se você ainda não sabe quem é, tudo bem. Você está no caminho.
Essa descoberta não tem prazo. Não é uma linha de chegada. É um processo contínuo, vivo. A cada etapa da vida, você se revela mais um pouco. E quanto mais você se aproxima de si mesma, mais as limitações vão caindo. Como véus que se desfazem, revelando a essência por trás das armaduras.
E essa essência é grandiosa. É criativa, livre, intuitiva, poderosa. É a centelha divina que existe em cada ser humano. Uma fonte de sabedoria e potência que o mundo tentou apagar — mas que está aí, esperando o seu sim. Esperando que você se lembre de quem é.
Então, lembre-se:
Você não é o que te feriram.
Você não é o que te disseram.
Você não é o que ficou faltando.
Você é inteira.
Você é capaz.
Você é livre.
Quando você entende isso, de verdade, não existe mais limitação que possa te conter. Porque você para de viver como quem precisa se defender, e começa a viver como quem quer florescer.
E nesse florescimento, você inspira outros a fazerem o mesmo. Porque a sua liberdade desperta a liberdade dos outros. E, aos poucos, vamos curando não só a nós mesmos, mas o mundo.
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Com Amor e Luz por Jéssica Cille.